terça-feira, 24 de março de 2009

Amar (Daniela Costa)


Quem inventou este tal de gostar, esqueceu de avisar que amar, às vezes também significa sofrer.
Quando amamos, nos tornamos extremistas, e os sentimentos se afloram, em uma erupção constante.
Nosso coração segue em uma infinita roda de vento, indo e voltando a todo o instante!
Em um dado momento, amamos loucamente...
Em outro, odiamos intensamente...
O vai e vêm de emoções, altera nossos sentidos, invade nosso corpo e alma.
Tira o nosso sono, perturba nossos sonhos.
A vida se torna um carrossel desenfreado, onde perdemos as rédeas de nós mesmos.
Mas amar, também significa perdoar, e quando necessário, também significa pedir perdão!
Quando, nos tortuosos caminhos de nossos destinos, tivermos a felicidade de encontrar um grande amor, devemos ter a consciência de que amar, é também renunciar a si mesmo.
Muitas vezes, é fazer algo que não se quer, só para ver um sorriso iluminar a face de quem se ama, ou para ver em seus olhos, o brilho da gratidão!
É... amar é uma confusão!
Mas triste daquele que viveu toda uma vida, sem ter sentido as confusões de um grande amor!

segunda-feira, 16 de março de 2009

SOS CORAÇÃO (Daniela Costa)


Certa vez li uma mensagem, que dizia que o coração das pessoas assemelha-se a uma folha de papel, que uma vez amassada, jamais voltará ao seu estado normal.
A princípio, soa como uma associação tola. Mas não é. Faz todo sentido do mundo!
Como fazer com que um coração ferido, magoado, maltratado, volte a ficar sadio? Como apagar suas cicatrizes?
Será que o simples fato de nos arrependermos, nos desculparmos, é o suficiente para fazer este milagre, curar um coração?
Não, não é!
As palavras mal ditas, adoecem o corpo e a alma de quem sofre suas agressões. Resultam em angústias, depressões, síndromes do pânico, baixa auto-estima e desvalorizam o ser humano.
Talvez sejam fáceis de serem esquecidas por aqueles que as proferem. Mas quem as ouve, será capaz de deletá-las?
E por que será que continuamos agindo como tolos, como pessoas incapazes de nos moldarmos?
Qual a vantagem de termos uma sociedade cheia de indivíduos descontrolados?
Ter o temperamento explosivo, não é justificativa para se dizer o que quer, quando quer, e para quem quiser. Afinal, se o temperamento é seu, por que é que as pessoas ao seu redor, é que devem sofrer as consequências?
Provavelmente seja muito fácil falar. Difícil mesmo, é controlar a raiva. Mas se começarmos a perceber o quanto somos ridículos nestes momentos de fúria, teremos força para renovarmos nossas atitudes.
A vida é muito curta e as pessoas muito valiosas, para deixarmos à beira de cada estrada que percorrermos, as marcas da nossa ignorância! Tenhamos consciência de nossa responsabilidade enquanto seres humanos. Ao invés de deixar cicatrizes, deixe gratidão, saudade, consideração, respeito e amor, no coração de cada um que você tiver a felicidade de conhecer.

quarta-feira, 11 de março de 2009

A Morte - Pedro Bial


A morte, por si só, é uma piada pronta.

Morrer é ridículo.

Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde, morre.

Como assim?

E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?

Não sei de onde tiraram esta idéia: MORRER!!!

A troco de quê?

Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.

Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu.

Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...

De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.

Qual é?

Morrer é um chiste!

Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.

Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, dependuradas também algumas contas.

Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.

Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.

Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.

Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã.

Isso é para ser levado a sério?

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo?

Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.

Morrer é um exagero.

E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas.

Só que esta não tem graça.

Por isso, viva tudo que há para viver.

Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da Vida.

Perdoe... Sempre!

Adiar...Adiar...Adiar...

Será sempre o melhor dos caminhos?

terça-feira, 10 de março de 2009

O que você vai fazer de sua vida hoje? (Daniela Costa)


Recebi um email com slides que fizeram-me refletir sobre a grandiosidade desta questão: O que eu vou fazer da minha vida hoje?
Lá dizia que era necessário pensar bem em quais seriam minhas escolhas. E a justificativa para isto era simples, porém, de infinita sabedoria.
A mensagem sugeria que eu fosse cuidadosa, pois estaria trocando um dia de minha vida, por aquilo que havia escolhido. E isto é simplesmente fantástico!
Significa que a escolha está em nossas mãos. Que poderemos deixar que os minutos se percam entre lágrimas, lamúrias, tristezas e rancores, ou que tudo pode ser modificado, se mudarmos o rumo de nossos pensamentos e atitudes.
Um dia de nossas vidas, é muito para se perder. As oportunidades, as pessoas, os momentos; são únicos!
Por mais que a rotina se instale em nosso dia a dia, um dia, nunca será igual ao outro. As palavras ditas, os casos contados, os sorrisos, os desejos, as aflições; nada irá se repetir. Por isso, o tempo torna-se precioso demais para ser desperdiçado. Para ser trocado por mesquinharias e ociosidades, pela improdutividade e falta de criatividade.
O tempo, este grande manipulador de nossas histórias, poderá ser utilizado contra, ou a nosso favor. Poderemos construir nosso presente e desconstruir aquilo que nos fez mal no passado.
Quem sabe possamos pensar em soluções, ao invés de problemas? Em solidariedade, respeito e caridade, ao contrário de sofrimento e dor?
O que você vai fazer de sua vida hoje?
Talvez eu possa sugerir que trabalhe, estude, corra atrás de seus objetivos. Mas sugiro também que ame, que faça algo por prazer, e não somente por que tem que fazer. Que preocupe-se com as urgências da vida, mas que dê atenção aos seus pormenores. Que observe os seus detalhes, e visualize os seus encantamentos. Que delicie-se com uma boa música, um bom café, com um bichinho de estimação, com as flores, com a luz do sol, com o ar puro, com as estrelas, ou que simplesmente, apaixone-se por si mesmo.
O que você vai fazer de sua vida hoje?
Resta a você, escolher!


sábado, 7 de março de 2009

O mundo dos estereotipados (Daniela Costa)


Fico pensando no sentido exato da palavra “Preconceito”. Sim, porque nem sempre ele é explícito, descarado. Muitas vezes ele é traiçoeiro, dissimulado, mas nem por isso, deixa de ser voraz.
O preconceito é uma doença contagiosa, e seu antídoto, está longe de ser criado. Ele se apresenta de formas variadas. Existem aquelas manifestações mais sutis, como aquele risinho irônico, aquele olhar enviesado, ou aquela indiferença mal dissimulada. Em algumas ocasiões, ele se apresenta de forma mais agressiva, escancarada. É quando se ofende a cor, o credo, as crenças políticas, sexuais, o time de futebol, ou até se xinga a mãe de alguém. Na maioria das vezes, julga-se os outros por sua condição social, como se em sã consciência alguém tivesse escolhido nascer pobre, e viver na miséria.
Existem aqueles que dizem não ter preconceito, mas na primeira oportunidade que tém, se referem às pessoas através de estereótipos do tipo: “O filho da minha empregada”, “A mulher do porteiro do meu prédio”, ou até, “A menina que trabalha lá em casa”. Será que estas pessoas não possuem nome?
Outras vezes, quando o problema é pessoal, tende-se a desacatar a vizinha, “que por ser gostosona, é considerada uma desavergonhada”, o colega de sala, “que por tirar boas notas, é claro que é um baba ovo”, o companheiro de trabalho, “que por ter um bom relacionamento com o chefe, é um puxa saco”, a amiga, “que por ser bonita, é metida”, e assim vai se estereotipando todo mundo que se encontra pela frente.
As empresas abrem vagas, e muitas vezes, só contratam por indicação. Qual o problema com o resto da população? Será que não merecem uma chance para tentarem se inserir no mercado de trabalho?
Quando é um processo aberto, os profissionais que realizam a seleção nem sempre estão preparados para a função. É, porque se olharem para você e se sentirem ameaçados, esquece! Se por uma falta de sorte você for mais bonito, mais comunicativo, mais inteligente que o entrevistador, foi-se para o ralo a oportunidade de conseguir um novo emprego.
O crivo do preconceito é bem pessoal. Alguns professores, quando dominam uma determinada disciplina, olham para os alunos como se eles fossem uns ignorantes. Como se os alunos tivessem passado uma vida inteira, por conta de estudar aquele assunto.
Alguns chefes, mal cumprimentam seus subordinados, por se sentirem na mais alta esfera do espaço sideral. Sendo que educação, dizem, vem de berço. E a prepotência, deve ter nascido junto, no mesmo parto né?
O jovem que conhece de carros, motos, fala inglês, francês, viaja sempre para o exterior, se sente superior ao rapaz que trabalha na roça, conhece de boi, vaca, plantação, horta, e de vez em quando, vai à cidade. Agora, superior em quê? Não é através do trabalho de milhares de agricultores, que a sociedade se mantém?
A menina, que com suas madeixas lisas e loiras, se sente mais bonita que a colega que possui cabelos negros e crespos. Mas, não é verdade que a beleza está nos olhos de quem vê? Então, rendamos graças à diversidade genética. Senão, seríamos todos, literalmente iguais.
A madame, que esbanja dinheiro comprando roupas de grife, bolsas e sapatos importados, muitas vezes desdenha o vestuário simples das demais mulheres. Mas qual a diferença? O fato de alguém não se vestir como uma Barbie, influência em seus valores, em sua postura ética, profissional ou pessoal?
O cara, que curte um som sertanejo, música de raiz, é inferior ao que ouve ópera? Não seria uma questão puramente de gosto musical?
Pois é, o mundo dos estereotipados é bem amplo e seria impossível especificar todos de uma só vez, e é bem provável que todas sejamos vítimas e algozes neste universo. O que vai fazer a diferença, é o ponto de vista de cada um. O que não podemos esquecer, é que no final, tudo e todos, possuem o seu valor. E todos, mais cedo ou mais tarde, irão retornar ao pó.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Como realizar seu sonho ( Roberto Shinyashiki)


Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.
Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.
O sucesso é construído à noite!
Durante o dia você faz o que todos fazem.
Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial.
Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso.
Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.
Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.
Terá de trabalhar, enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende de dedicação.
Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está. A ilusão é o combustível dos perdedores.
“Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio".
"Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa".